domingo, 29 de março de 2009

Watch the closing doors!

Em seu livro ‘The audible past’, Sterne (2003) desenvolve e amplia o panorama histórico relacionado ao som, tecnologia e cultura, alcançando instâncias anteriores às tecnologias de reprodução sonora. Ao tratar suas origens, Sterne estabelece uma rede associativa com práticas, idéias e mecanismos do passado, examina as condições sócio-culturais que deram origem a estas tecnologias e verifica como estas tecnologias se cristalizam e se combinam com grandes correntes culturais. Define as tecnologias de reprodução sonora como artefatos resultantes de transformações na compreensão da natureza do som, ouvido humano, ato de ouvir e prática da escuta.

Através de técnicas auditivas, o ouvinte modificou sua percepção a serviço da racionalidade. Técnicas desenvolvidas por médicos e telegrafistas, por exemplo, definiram as características constitutivas da medicina e burocracia. Com a exploração e o cultivo dos sentimentos humanos, ‘o homem se tornou objeto’ a ser moldado e orientado nos processos históricos e sociais. Ao mesmo tempo, as tecnologias ‘assumem um papel importante na vida das pessoas. Tecnologias são processos materiais, culturais e sociais repetidos e cristalizados em mecanismos’ (Sterne, 2003). Frequentemente, estes mecanismos executam trabalhos que foram previamente realizados por pessoas, novas funções desenvolvidas ou outras relacionadas a práticas culturais. A estas atividades, Latour se refere como programas de ação. O ser humano projeta e utiliza tecnologia para intensificar ou promover certas atividades e desencorajar outras.

‘Tecnologias estão associadas a hábitos, algumas vezes cristalizando estes hábitos e outras vezes habilitando-os. As tecnologias incorporam em forma física disposições e tendências particulares...’ (Sterne, 2003, p. 8). Segundo ele, um estudo sério de tecnologias requer uma conexão com a prática, habitat e hábitos humanos, e também uma atenção a campos de atividades físicas, sociais e culturais combinadas. Esta combinação de campos recebe a denominação de rede ou estrutura conjunta, de onde as tecnologias emergem e da qual elas fazem parte.

A tecnologia, segundo Sterne (2003), envolve não apenas cristalizações resultantes da técnica, mas também o próprio corpo humano com seu formato e funcionamento próprios que servem de base para a construção de mecanismos. Além disso, o homem também estende a mídia como canal de propagação e como elemento de interferência na tecnologia.

‘Este é um ponto importante para a história da tecnologia da comunicação: o corpo é a primeira tecnologia da comunicação e todas as tecnologias do ouvinte discutidas surgem das técnicas do ouvinte... Se a mídia estende nossos sentidos, ela o faz como versões cristalizadas e aprimoramentos de práticas (técnicas) anteriores envolvendo o uso dos sentidos...’ (Sterne, 2003, p. 92), constituindo uma rede de relações sociais e tecnológicas.

Latour (1994) tem uma concepção de mídia semelhante. Relaciona programas de ação - séries de objetivos, passos e intenções – tanto a sujeitos como objetos, ambos podendo ser considerados como agentes-atores, onde os objetos são actantes, que atuam em rede. Ambos tem importância para o processo de mediação. Ao propor, além de um caráter materialista onde os componentes materiais são irredutíveis às qualidades do homem ou sociológico com uma preponderância do caráter ou estado moral do homem, uma visão humanista (que considera os seres humanos como possuidores de capacidades psicológicas flutuantes e sujeitas a mudanças de comportamento resultantes do contato e/ou utilização de ferramentas ou tecnologias) onde ocorre uma fusão entre os agentes (agentes compostos ou composições de agentes), Latour (1994) parece indicar uma relação íntima entre técnica e tecnologia.

Na tecnologia mp3, por exemplo, temos uma simulação da técnica auditiva humana, uma reprodução do nosso modo de ouvir. O mp3 ouve por nós. De forma semelhante, com as portas automáticas, exemplo de Latour citado por Sterne, o ser humano deixa de realizar uma ação que é absorvida pelo mecanismo.

Esta relação entre técnica e tecnologia também é sublinhada com a modificação de caráter dos agentes-atores envolvidos no processo que ocorre na mediação como delegação. Este tipo de mediação está associado ao mecanismo de identificação, quando um ator é transportado para a pele de outro ator, retirado do cenário que ele ocupa normalmente, resultando em delegações mutáveis de ator para outras estruturas compositivas de referência.

Consideremos também o phonautograph. Ele não é um ouvinte, mas um ouvinte adormecido que traduz os sons em representações gráficas. Aqui, temos inclusive a materialização da técnica do ouvido como símbolo e presença, ou seria a inclusão no mecanismo de uma tecnologia que nos é inerente?

Latour, B., On technical mediation: philosophy, sociology and genealogy, In: Common knowledge, vol. 3, nº 2, pp. 29-64, 1994.
Sterne, J., The Audible Past: Cultural Origins of. Sound Reproduction. Duke University Press: Durham & London, 2003.

sábado, 28 de março de 2009

Momento Winehouse

Momento trash. Quem se atreve a discutir a reprodutibilidade e a aura da Amy Winehouse depois de assistir a esse vídeo?

http://www.youtube.com/watch?v=08ePuM7NEvk

Relato dos textos discutidos em aula

Bom,

Como o Jefferson gentilmente me indicou para fazer um relato dos textos discutidos na última aula, vamos lá...

Partindo da discussão do livro do Sterne (The Audible Past) e pensando a constituição de um tipo de escuta a partir de uma perspectiva histórica (social, econômica) foram citados os seguintes autores e textos na aula:

De início, a Simone citou a Teoria das Materialidades como um outro tipo de abordagem que podemos ter para com nossos objetos comunicacionais. O grande nome das materialidades, pelo menos aquele que até agora vem tentando estruturar de maneira objetiva uma série de argumentos em prol de uma visão não exclusivamente hermenêutica, seria Hans Ulrich Gumbrecht. Seu livro, editado junto com Ludwig Pfeiffer, "Materialities of Communication" traz vários trabalhos de vários autores tratando dos aspectos materiais de assuntos tão diferentes como "O corpo do livro", "A dissonância e a música", " O sitema imunológico", "os Signos no Egito antigo", e por aí vai. Contribuiram para o livro autores como Vivian Sobchack, Paul Zumthor, Lyotard, Francisco Varela, Friedrich Kittler, etc. Um livro mais recente do Gumbrecht e, na minha opinião, mais maduro sobre o tema, é o "Production of Presence" de 2004. Para quem se interessar, há alguns textos que podem esclarecer mais sobre o assunto (Erick Felinto, Michael Hanke e do próprio Gumbrecht). Já que não dá para colocar o texto no blog, eu posso mandar por email para quem quiser.
Falamos também do texto do Sterne sobre Bourdieu. O nome do texto é "Bourdieu, Technique and Technology".
A Simone lembrou que a idéia de genealogia da escuta que o Sterne propõe remete ao modo como Foucault entende mecanismos como os do regime disciplinar e outras relações interpessoais como profundamente atrelados a configurações sociais. Para isso citou o "Vigiar e Punir", com sua idéia de Panóptico, sendo que o Sterne também se vale do "Nascimento da Clínica" como um interessente estudo sobre a constituição do corpo como um objeto de estudo racional.
Foram citados os livros "Techniques of the Observer" e Suspensions of Attention" do Jonathan Crary, que tenta estabelcer uma trajetória da visão segundo uma perspectiva próxima a que Sterne tenta fazer com a audição.
O Sterne faz críticas ao Walter Ong (Orality and Literacy), por suas posições assertivas sobre as diferenças entre a visão e a escuta.
Críticas também foram direcionadas ao Murray Schafer (que criou a idéia de paisagem sonora e esquizofonia) e Pierre Schaeffer, um dos pais da música concreta nos anos 50. Como eu disse em sala, considero a posição de Sterne a respeito da idéia de acusmatismo e objeto sonoro, que Schaeffer tenta estabelecer, um pouco apressada. Acho que teremos espaço em outras aulas para discutir isso. Para quem quiser se interar das idéias do Schaeffer eu posso passar dois textos pequenos sobre o tema: "Principes d'acousmatique" do François Bayle e "A Escuta como Objeto de Pesquisa" Do Rodolfo Caesar. Claro, para uma pesquisa mais profunda só lendo o trabalho principal do Schaeffer, "Traité des Objets Musicaux".
O Sterne cita o Marcel Mauss quando fala das técnicas de audição. O texto do Mauss a que ele se refere é o "As Técnicas Corporais". Também posso mandar uma cópia para quem quiser.
E, por fim, nós não poderíamos esquecer do grande Bruno Latour. O exemplo do fechador de portas, que Sterne cita tanto no texto discutido em aula como no texto sobre Bourdieu, está no trabalho "A Sociologia de um Fechador de Portas."

sexta-feira, 27 de março de 2009

Original e cópia, ao vivo e que tais

Do Dapieve, sobre a mística do "ao vivo". Citando Benjamin e tudo! O contexto é a crítica do show do Radiohead hoje na coluna do Globo (Segundo Caderno):

"O DVD de um show sempre será uma fraude consentida. Um disco de áudio ao vivo é mais fiel a um show do que a sua filmagem. Permite-me viajar, imaginar o palco, recriar, participar. O DVD pode ter som Dolby 5.1, imagem HD, extras, o cacete, mas não me dá esse pancadão no meio dos peitos, não replica a mágica da presença física dos caras ali adiante. Após tantos anos, tantas leituras e releituras na faculdade, agora que o Radiohead fecha o show com Creep, acho que afinal entendi o Walter Benjamin.
Certas coisas não se reproduzem. Daí essa sensação de eu não estar aqui, de isso não estar acontecendo comigo, de eu ter desaparecido completamente no meio de uma multidão de 20 mil devotos, de o momento já ter passado, bom demais pra ser verdade."
Sobre a crítica do show, eu discordo. Mas, isto já comentei no blog do LabCult.
O que achei legal é que a citação bate exatamente no ponto da distinção entre o original e a reprodução, junto com a ilusão da fidelidade, que foi tema da discussão da nossa discussão da aula passada, a partir do Sterne - e será da próxima aula.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Questões para discussão na aula I (25/03)

Questões para discussão da Aula I – The Audible Past – Jonathan Sterne

Introdução

1) Quais os objetivos do trabalho?
2) Qual a perspectiva teórico-metodológica do autor? O que ele entende por genealogia ou arqueologia da escuta e qual a contribuição desta abordagem para a discussão
3) Quem são os principais interlocutores/opositores? O que o autor denomina de “litania da oralidade”?

Cap 2

1) De que maneira o autor articula as “tecnologias da escuta” da modernidade com as “técnicas corporais” – no sentido Foucaultiano e também de Marcel Mauss. Como e porque distingue técnicas e tecnologias? Qual a contribuição do argumento para nossa reflexão?
2) O que ele entende por “princípio timpânico”? Você concorda com o argumento de que este princípio atravessa práticas tão díspares, a princípio, tais como as da medicina moderna, do telégrafo e dos artefatos de reprodução sonora tais como o fonógrafo?
3) O que ele carcateriza, de forma mais geral, como o “regime de escuta” da modernidade?

Cap 5

1) Discuta o argumento do autor sobre a articulação entre original e cópia. Porque o “original” – ou, nos termos de Benjamin, a “aura” - é também um artefato cultural?
2) Que reflexões a noção de “fidelidade sonora” suscita?
3) Qual a significação técnica, social e espacial do estúdio de gravação sonora?

Programa e bibliografia do curso

Curso – Estudos de Som e Música

Prof Simone Pereira de Sá
e-mail:sibonei@terra.com.br

Horário - Quintas-feiras -10.00 horas

Local: Universidade Federal Fluminense -PPG Comunicação
Rua Tiradentes, 148 - Ingá - Niterói

O curso tem por objetivo apresentar aos alunos algumas questões ligadas ao campo dos estudos sobre sonoridade, música e audição na modernidade, a partir das mediações tecnológicas, chamado fora do Brasil de “Sound Studies”.
Partindo da discussão de Jonathan Sterne, na obra “The Audible Past” – que aborda a origem da reprodutibilidade técnica do som e a genealogia das formas modernas de escuta, o curso privilegia a discussão entre música e tecnologias da comunicação, a partir de quatro grandes eixos.
1) A escuta sonora na modernidade (original e cópia, analógico e digital, música e ruído, formatos e suportes da escuta, som e imagem no cinema e na tv, etc.)
2) Som e espaço urbano (Soundscape, cenas musicais e territórios sonoros, mobilidade e customização do som, celulares e I-pods, etc)
3) Formas de escuta e novos ambientes sonoros (música para games, plataformas sociais para distribuição de mùsica tais como Last.FM e My Space, mash ups, experimentações da cultura musical underground)
4) Dilemas do campo da música – produtores x artistas, arte x indústria, copyright x copyleft, underground x mainstream, etc


Bibliografia básica:*

Adorno, Theodor – Essays on Music. (textos “The Curves of the needle” e “The form of the Phonograph”. Richard Leppert (ed). Berkeley, Univ. of California Press, 2002 (1927-1934)
Altman, Rick(ed) – Sound Theory, Sound Practice. New York, Routledge, 1992.
Braun, Hans-Joachim(org.) – Music and technology in the twentieth century. pp 158-167. Baltimore and London. John Hopkins Univ. Press, 2002
Bull, Michael – Sound Moves.Ipod Culture and urban experience.New York, Routledge, 2008.
Chion, Michel – Audio-Vision – Sound on Screen. New York, Columbia Univ.Press, 1994.
Collins, Karen – Game Sound. An Introduction to the History, Theory and Practice of Video Game Music and Sound Design. Cambridge, MIT Press, 2008.
Gitelman, Lisa – Always already new. Media, History and the data of Culture. Cambridge, MIT Press, 2006
Schafer, R. Murray – The Soundscape. Our Sonic Environment and the tuning of the world.Rochester, Destiny Books, 1994 (1977)
Sterne, Jonathan – The Audible Past. Cultural Origins of Sound Reproduction. Durham, Duke University Press, 2003.
TAYLOR, Timothy – Strange Sounds –Music, Technology and Culture. London/New York: Routledge 2001
Thebergé, Paul – Any sound you can imagine: making music/Consuming technology. Hanover and London. Wesleyen Univ. Press/ Univ. Press of New England, 1997
Thompson, Emily – The Soundscape of Modernity – Architectural Acoustics and the culture of listening in America, 1900-1933. MIT Press, Massachussets, USA, 2002 pg 1-12 (Introduction)

*Obs – A bibliografia é complementada por artigos e capítulos de outros livros, detalhados no planejamento do curso aula a aula, que se segue.

Programa aula a aula:

19/03 – Introdução - Discussão do programa do curso e premissas de trabalho, avaliação, etc

Unidade I – A Escuta Sonora na modernidade

26/03 – Aula I.1– A modernização da audição na perspectiva dos Sound Studies;
Sterne, Jonathan – The Audible Past. Cultural Origins of Sound Reproduction. Durham, Duke University Press, 2003.
Introdução (pg. 1-30) e parte do cap. II –(pg 87-99); parte do cap 5 (pg 215-240)
Leitura complementar: todo o capítulo 2 da obra acima mencionada.

02/04 – Aula I.2 – Categorias da escuta moderna:analógico e digital; high and low fidelity

Rothenbuller, Eric .W and John Durhan Peters –“Defining phonography: an experiment in theory”. Musical Quaterly, 81, n.2 (1997, Summer) 242-264

YOCHIM, E. C. e BIDDINGER, M. - It kind of give you that vintage feel; vinyl records and the trope of death, IN: Media, Culture and Society, Vol. 30(2) 183-195; Los Angeles, London,. New Delhhi, Singapore, 2008.

Keithgley, K – “Turn it down!She shrieked:gender, domestic space and High Fidelity, 1948-59”Popular music 15:2 (1996):149-177

Leituras complementares:
FERREIRA, P. P. – O Analógico e o Digital: a politização tecnoestética do discurso dos DJs, ANAIS da XXIV reunião da ANPOCS, Caxambu, MG. 2004

Sá, Simone Pereira de – O CD morreu?Viva o vinil. In: Amadeu: O futuro da música depois da morte do CD. 2009, Sào Paulo.

16/04 – Aula I.3 - Formatos e suportes da reprodutibilidade sonora

Adorno, Theodor –on Music. (“The form of the Phonograph”. In: Essays on music Richard Leppert (ed). Berkeley, Univ. of California Press, 2002 (1927-1934)

Keithgley ,K. – Long Play: Adult-Oriented Popular Music and the temporal Logics of the Post-War Sound Recording Industry in the U.S.A. In: Media, Culture & Society, vol. 26, 375-391. London, Thousand Oaks, New Delhi. 2004.

STRAW, W. – Exhausted Commodities: The Material Culture of Music. Canadian Journal of Communication, 25, 1. 2000

MILLARD, A. – Tape recording and music making. IN: Braun, Hans-Joachim(org.) – Music and technology in the twentieth century. pp 158-167. Baltimore and London. John Hopkins Univ. Press, 2002

Leitura complementar: MAGOUN, A. B. – The origins of the 45-rpm Record at RCA Victor, 1939-1948. In: Braun, Hans-Joachim(org.) – Music and technology in the twentieth century. pp 148-157 Baltimore and London. John Hopkins Univ. Press, 2002

30/04 - Aula I.4 - Artifícios e efeitos na relação som e imagem

Altman, Rick (ed) – Sound Theory, Sound Practice. New York, Routledge, 1992.

Chion, Michel – Audio-Vision – Sound on Screen. New York, Columbia Univ.Press, 1994. Pg 15-34 (The three listening modes); pg 95-122 (“The real and the rendered”); pg 157-169 (Audio-Vision: Sound on Screen).
Texto sobre videoclipe (a selecionar)

Leitura Complementar: Fernando Moraes – O Som no Cinema brasileiro.

Unidade II – Som e espaço urbano

07/05 – II.1 – Paisagens sonoras e mediações tecnológicas
Schafer, R. Murray – The Soundscape. Our Sonic Environment and the tuning of the world.Rochester, Destiny Books, 1994 (1977). Pgs 2-12 (Introduction); 205-225.

Thompson, Emily – The Soundscape of Modernity – Architectural Acoustics and the culture of listening in America, 1900-1933. MIT Press, Massachussets, USA, 2002 pg 1-12 (Introduction)

Barthelmes, Barbara – “Music and the city”. In: Braun, Hans-Joachim(org.) – Music and technology in the twentieth century. pp 121-135 Baltimore and London. John Hopkins Univ. Press, 2002

14/05 – II.2 – Ruídos urbanos, novas sonoridades da metrópole, experimentações

Thompson, Emily – The Soundscape of Modernity – Architectural Acoustics and the culture of listening in America, 1900-1933. MIT Press, Massachussets, USA, 2002 pg

Bijsterveld, Karin – “A servile imitation. Disputes about machines in music, 1910-1930”. In:

Braun, Hans-Joachim(org.) – Music and technology in the twentieth century. pp 121-135 Baltimore and London. John Hopkins Univ. Press, 2002

McSwain, Rebecca – The Social Reconstruction of a reverse salient in electric guitar technology: noise, the solid body, and Jimi Hendrix. In: Braun, Hans-Joachim(org.) – Music and technology in the twentieth century. pp 121-135 Baltimore and London. John Hopkins Univ. Press, 2002

21/05– II.3 – Mobilidade e mediações sonoras do espaço público

Bull, Michael – Sound Moves.Ipod Culture and urban experience.New York, Routledge, 2008. pg1-11 – 66-86, 146-160

Horst, H. E Miller, D. – “Link-Up – The Cell Phone: An Anthropology of Communication, 81-101”New York, Berg, 2003

Hosokawa, S. – “The Walkman Effect”Popular music 4 (1984):165-180

Sugeridas:

Basset, Caroline – How many movements? The auditory culture Reader, edit. By Michael Bull e Les Back, 343-355. New York: Berg, 2003

Gopinath, Sumanth – “Ringtones, or the auditory logic of globalization” First Monday, 10, n12 (December 2005)

III -Formas de escuta e novos ambientes sonoros (textos e seções a definir, a partir dos interesses de pesquisa)

28/05 – III.1 – Djs, Sampling, mash-ups e a reconfiguração da noção de autoria

18/06 – III.2 – O estúdio como lugar de criação – produtores versus artistas

25/06 –III.3 – Experimentações da cultura underground - A cena noise

Outros temas:/Videogames/Sistemas de recomendação musical (tema a escolher dentre estes)

Feriados previstos:
09/04 – Semana Santa
23/04 – São Jorge
04/06 – Compós
11/06 – Corpus Cristi

Obs: No dia 10 de junho os alunos devem enviar, por e-mail, proposta de uma lauda para o paper final

Entrega do paper final: 10 de agosto