segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mp3, a questão da qualidade e as novas formas de consumir musica na contemporaneidade



Atualmente, com o advento da internet e de novas tecnologias da comunicação, o acesso a bens culturais tem crescido exponencialmente. A era da informação digital possibilita novas formas de experiência musical. O fato de a informação, antes analógica e registrada num suporte material, como os Cassetes, Vinis e CD’s, estar agora convertida em códigos binários, viabiliza uma infinidade de novos usos, não só à música, mas a qualquer produção midiática digital.

O mp3 é, em sua essência, um formato de compressão de arquivos musicais. Assim sendo, é evidente que haverá perda de freqüências do arquivo original para o arquivo comprimido. "Pra começo de conversa, o vinil alcança um espectro de frequências sonoras maior do que qualquer outra mídia, especialmente no campo de grave", defende Rodrigo Brandão, MC do Mamelo Sound System. "Fora o aspecto técnico, tem o lado estético: nada se compara às capas de vinil. O status de obra de arte que um álbum atinge nesse formato é único."

Podemos dizer que essas freqüências são quase imperceptíveis ao ouvido humano, devido a uma limitação do nosso sistema auditivo e, se queremos mobilidade, facilidade de compartilhamento dos arquivos e portabilidade, perdemos na qualidade do som. É exagerado dizer que a era do mp3 põe fim a alta fidelidade, pois nos dias atuais, é uma perda de qualidade que parece incomodar apenas os ouvidos mais exigentes, porque a maioria se contenta com a média de 128kbps ouvidos por apenas dois canais, o fone de ouvido.

Novas plataformas musicais online também contribuem para uma experiência musical diferenciada na contemporaneidade. Além do compartilhamento peer-2-peer, hoje, ferramentas como o sistema de rádio online e recomendação musical Lastfm, e também o serviço de stream music Spotify, ganham espaço na rede, com uma infinidade de recursos, criam novas formas de consumo.

O formato digital vem ganhando cada dia mais adeptos e já não há como impedir seu crescimento. O decréscimo na venda de álbuns físicos obriga as gravadoras a pensarem em novas estratégias para atrair o público consumidor. A industria fonográfica praticamente parou no tempo, não aderiu as mudanças tecnológicas e hoje tenta, em vão, frear o avanço da distribuição digital com propagandas anti pirataria sem êxito e processos milionários. Outro exemplo de como a essa indústria vem tentando se manter, em tempos de ameaça digital, é com a leva de Coletâneas de discografias de bandas como os Beatles e Rolling Stones. É, na verdade, uma espécie de tiro de misericórdia da indústria fonográfica, relançar toda a discografia de uma banda, atribuindo novos valores a esses produtos (special edition, deluxe edition).

Muitos, talvez por nostalgia das épocas anteriores, costumam dizer que, na era digital, a música perde sua materialidade e sofre drástica redução em sua qualidade técnica. No entanto, o grande intuito do mp3 é permitir a mobilidade, fácil armazenamento e compartilhamento de informação musical. Portanto, dado o fato que, em tempos pós modernos de multitarefas e constante movimentação, raramente uma pessoa tem disponibilidade de ter uma “experiência musical completa”, a troca de qualidade por todas essas outras características da música em mp3, em alguns casos, parece uma boa opção.



Trabalho completo AQUI!
Postado por: Milton Batista.

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